"O Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE ou EFSI na sigla em inglês) pode ser usado para corrigir os danos causados pelos incêndios. Na teoria, sim, dependendo da natureza do projeto [e] especialmente se o setor privado estiver envolvido", afirmou o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen, durante um seminário em Bruxelas sobre EFSI 2.0.

Katanien destacou porém que o FEIE "não é a melhor ferramenta de financiamento para este tipo de projetos" e que o Banco Europeu de Investimento "tem ferramentas mais baratas e melhores".

Realçou ainda que o FEIE "não é uma ferramenta mágica que consegue mudar tudo".

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram mais de 40 mortos e cerca de 70 feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, em junho, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou 64 mortos e mais de 250 feridos.

O Plano de Investimento para a Europa, conhecido como Plano 'Juncker' por ter sido lançado pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, é um instrumento financeiro através do qual a CE pretendia mobilizar 315 mil milhões de euros até 2018.

Em setembro do ano passado, Juncker propôs um plano 2.0 de aumento da duração e de capacidade do Fundo, com vista a mobilizar 500 mil milhões até 2020.

No passado mês de setembro o Parlamento Europeu (PE), a Comissão Europeia e o Conselho da UE chegaram a acordo para que o FEIE 2.0 abranja novos setores, como a floresta, a pesca e a agricultura.

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