"Todos os setores alcançaram acordos, o que significa que haverá reajustes salariais. É um facto que já temos acordos e daqui vamos esperar as percentagens (de aumentos) para o futuro", disse Paulino Cossa, representante da CTA, em declarações a jornalistas após a reunião, que envolveu o Governo, empregadores e sindicatos.

Os patrões moçambicanos não avançaram datas nem as percentagens para aumento do salário base de Moçambique, que é atualmente de 8.758 meticais (127,8 euros).

A Confederação Nacional dos Sindicatos Livres de Moçambique (Consilmo) defendeu que os aumentos deviam ser feitos com base na cesta básica do país, considerando que isso contribuiria para que o trabalhador respondesse à demanda do mercado.

"Nas negociações do salário mínimo essa questão da cesta básica é colocada de lado, ali só se discute sobre o delta e a produção, mas o melhor mesmo seria a cesta básica", disse Boaventura Simbinde, representante da Consilmo, referindo, entretanto, que "o mais importante é que o salário base seja mexido".

"A partir da altura que se discutem salários no setor de atividade a expectativa é enorme tanto para os empregadores como para os trabalhadores", disse Clara Munguambe, representante da Organização dos Trabalhadores de Moçambique -- Central Sindical.

O último reajuste do salário mínimo em Moçambique ocorreu em abril de 2023.

LN (PMA)// ANP

Lusa/Fim