No último ano as contas deste banco suíço refletiram o impacto da aquisição do Credit Suisse (anunciada em 19 de março do ano passado).

Em março de 2023, o UBS comprou o Credit Suisse, sob pressão das autoridades suíças, para evitar a falência do que era então o segundo maior banco do país.

Numa conferência com analistas, o presidente executivo do UBS, Sergio Ermotti, disse que ainda era "muito cedo para especular" sobre o impacto das mudanças regulamentares que se aproximam na Suíça, uma questão à qual os investidores esperavam alguma resposta.

Nos primeiros três meses do ano, o volume de negócios do UBS aumentou 46% para 12,7 mil milhões de dólares, incluindo o crescimento da banca de investimento, o maior projeto de integração do Credit Suisse.

Na banca de investimento, as receitas aumentaram 16%, impulsionadas por um bom desempenho na IPO (initial public offering, oferta pública inicial em português) e nas fusões e aquisições.

Os analistas inquiridos pela agência suíça AWP esperavam, em média, um resultado líquido de 637 milhões de dólares, depois de um prejuízo de 279 milhões de dólares no quarto trimestre de 2023 e de 785 milhões de dólares no terceiro.

Durante o primeiro trimestre, o banco realizou mais mil milhões de dólares em poupanças, elevando o total desde a fusão para cinco mil milhões de dólares, ou seja, quase 40% do objetivo de 13 mil milhões de dólares fixado para 2026.

No início de abril, o Conselho Federal (governo) apresentou um projeto de endurecimento das regras aplicáveis aos bancos, numa altura em que a fusão dos dois maiores bancos do país criou um gigante na economia suíça.

"Esta é uma discussão importante para o país", reconheceu Ermotti na conferência com os analistas. "Mas ainda é muito cedo para especular sobre o seu impacto", acrescentou.

De acordo com os cálculos de alguns especialistas, o UBS arrisca-se a ter de constituir uma almofada de liquidez adicional entre 15 e 25 mil milhões de dólares, montantes que a ministra das Finanças, Karin Keller-Sutter, descreveu como "plausíveis".

Na assembleia geral anual do banco, realizada no final de abril, o seu presidente, Colm Kelleher, afirmou, no entanto, que se tratava de uma "má solução" que, na sua opinião, corria o risco de prejudicar a competitividade do UBS face aos seus concorrentes internacionais.

Pouco antes das 10:30 (08:30 GMT), a cotação subia 8,07%, para 26,91 francos suíços, apoiando o SMI, o índice de referência da bolsa suíça, que subia 0,90%.

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