"O que dás é teu para sempre, o que guardas está perdido para sempre", escreve a companhia sobre a peça do escritor e dramaturgo belga de origem francesa Eric-Emmanuel Schmitt (1960), com versão cénica, encenação e interpretação de Miguel Seabra, e música original de Rui Rebelo.

A ação de "O Sr. Ibrahim e as flores do Corão" passa-se em Paris, nos anos de 1960. A história gira em torno de Momo, um rapaz judeu de 11 anos, que se torna amigo do Senhor Ibrahim, um velho merceeiro árabe da rua Bleue.

"Mas as aparências iludem: o Senhor Ibrahim, o merceeiro, não é árabe, a rua Bleue não é azul e o rapazinho talvez não seja judeu", escreve o Teatro Meridional sobre a história que, "todos os anos", Miguel Seabra e Rui Rebelo "continuam a contar até que a alma" se lhes "canse".

E fazem-no "com o mesmo espanto (quase) igual ao do primeiro dia", escreve Miguel Seabra sobre a peça que a companhia tem levado em digressão um pouco por todo o país.

Miguel Seabra, diretor artístico do Teatro Meridional com Natália Luiza, lança mesmo um "desafio" ao público para ir "dialogar" com o espectáculo, que define como "uma melodia em escala 'lenta-tónica'".

Com espaço cénico de Miguel Seabra e Marta Carreiras, que também assina o figurino, e música original e sonoplastia de Rui Rebelo, a peça "O Sr. Ibrahim e as flores do Corão" foi estreada no Festival de Teatro de Almada em 2012, eleita então Espectáculo de Honra pelo público, o que a fez regressar à programação do certame no ano seguinte,

Desde então, tem sido regularmente reposta, e levada em digressão pela companhia por palcos portugueses e estrangeiros.

A nova temporada da peça de Eric-Emmanuel Schmitt decorre até dia 26. Tem 13 récitas marcadas, de quinta-feira a sábado, às 21:00, ao domingo, às 17:00, e uma récita extra, no dia 20, uma segunda-feira, pelas 21:00.

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Lusa/fim