"Deve ser feita em tempo útil, sem demoras, sem pausas", disse o líder russo durante uma reunião por videoconferência com o Conselho de Ministros para debater a situação nas zonas afetadas pelas piores inundações em décadas no país.

Foram afetadas principalmente as regiões de Oremburgo, Tyumen e Kurgan, que fazem fronteira com o Cazaquistão, onde foi declarado estado de emergência devido à súbita subida do nível das águas de alguns rios.

"Agradeço a todos os colegas das regiões [afetadas], porque vejo o vosso trabalho árduo", disse Putin, dirigindo-se aos ministros e governadores presentes na reunião.

Prometeu também convocar novo encontro após o fim da situação de emergência para abordar assuntos relacionados com a reconstrução dos territórios alagados.

"Depois, quando as águas baixarem, reunir-nos-emos num formato mais alargado com os dirigentes dos municípios e discutiremos questões relacionadas com a recuperação das infraestruturas e da habitação", afirmou.

Entretanto, o ministro das Situações de Emergência russo, Alexander Kurenkov, alertou que se espera um agravamento da situação na região de Kurgan nos próximos dias, uma vez que o nível das águas do rio Tobol subiu até aos dez metros, "um máximo histórico".

Neste momento, em cerca de 25 localidades da região, há mais de 600 casas e cerca de 2.000 terrenos inundados.

Por sua vez, o governador de Tyumen, Alexandr Moor, acrescentou que, depois de Kurgan, a água está a fluir para essa região siberiana, onde ameaça mais de uma centena de aldeias.

Anteriormente, soube-se que pelo menos cinco pessoas morreram nas cheias na região russa de Oremburgo.

O Comité de Investigação da Rússia abriu dois processos penais por violação das normas de segurança e negligência na sequência das inundações, causadas pela subida do rio Ural e pela rutura de um dique de contenção no rio.

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