"Educação Sentimental - A Coleção Pinto da Fonseca" dá título a esta mostra, "com trabalhos inéditos e icónicos", segundo um comunicado do museu, e irá estar patente até 13 de janeiro de 2019.

Esta mostra, com inauguração prevista para as 18:30, abre a nova temporada de exposições com uma seleção de obras de uma coleção particular de arte contemporânea, construída ao longo das décadas de setenta e oitenta do século XX, por António Pinto da Fonseca.

Álvaro Lapa, Joaquim Rodrigo, Menez, Paula Rego, José de Guimarães, Dacosta, Vespeira, Rui Chafes, Vieira da Silva e Arpad Szenes, entre outros artistas, vão estar representados na exposição.

"É uma seleção que alia a razão ao coração, e a memória histórica à memória afetiva: Educação sentimental", acrescenta a apresetação da mostra.

A exposição vai ser acompanhada por um catálogo que inclui as obras expostas, e outras que não figuram na mostra, uma biografia de António Pinto da Fonseca e um texto crítico de João Silvério.

António Pinto da Fonseca (1933-1992) nasceu no Porto, licenciou-se em direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e viveu em Luanda, até ao final dos anos 1970, onde nasceram os seus dois filhos.

Em Angola, enquanto jurista ficou conhecido por defender causas políticas ligadas ao Movimento Popular Pela Libertação de Angola (MPLA).

Naquela época, também se distinguiu por desenvolver e liderar vários projetos empresariais, dos quais se destaca a realização do Autódromo Internacional de Luanda, obra de arquitetura que foi, na altura, considerada revolucionária.

Em Lisboa, e de regresso a Portugal no final dos anos 1970, dedicou-se ao universo da arte contemporânea, como colecionador, e no apoio direto e filantrópico a numerosos artistas estabelecidos com quem entrou em contacto, nomeadamente, Marcelino Vespeira, Malangatana, Costa Pinheiro, Menez, René Bertholo, José de Guimarães, Pedro Cabrita Reis e José Pedro Croft.

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