Em nota de imprensa, o Santuário de Fátima informa que o papa Francisco pediu aos bispos que assinalassem nas suas dioceses este dia e que, nos dias 01 a 04 de setembro, promovessem iniciativas de oração nesse sentido.

António Marto, bispo da diocese de Leiria-Fátima, pediu que no Santuário de Fátima se tenha presente "este pedido e esta intenção", e, neste sentido, "esse propósito vai estar particularmente presente".

O papa Francisco pretende que a celebração do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação ofereça aos fiéis e às comunidades a oportunidade de "renovarem a adesão pessoal à vocação de protetores da criação", "elevando a Deus o agradecimento pela obra maravilhosa que Ele confiou ao nosso cuidado", refere ainda a nota de imprensa.

"Como cristãos queremos oferecer a nossa contribuição à superação da crise ecológica que a humanidade está a viver. Por isto devemos, antes de tudo, procurar no nosso rico património espiritual as motivações que alimentam a paixão pelo cuidado da criação, recordando sempre os que creem em Jesus Cristo, Verbo de Deus que se fez homem por nós", disse o papa Francisco, citado no comunicado do Santuário de Fátima.

A data tem um sentido ecuménico, uma vez que é também celebrada pela Igreja Ortodoxa. Neste contexto ecuménico, o papa desejou que esta iniciativa envolva outras Igrejas e comunidades eclesiais e que seja celebrado em sintonia com as atividades que o Conselho Mundial de Igrejas promove sobre este tema.

Segundo a nota de imprensa, já anteriormente, na missa que o papa Francisco presidiu no início de Pontificado, a 19 de março de 2013, havia pedido a todos aqueles que ocupam cargos de responsabilidade no âmbito económico, político e social e a todos os homens e mulheres de boa vontade para serem guardiões da criação.

"Não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo. Mas, para 'guardar', devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura", concluiu o comunicado, citando uma vez mais o papa Francisco.

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