A informação que se segue está disponível na infografia da agência, disponível em www.lusa.pt .

ALCÁCER DO SAL

Após dois mandatos consecutivos, eleito pelo PS, o atual presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Pedro Paredes, perdeu o apoio dos socialistas, que decidiram candidatar este ano o antigo líder da UGT José Torres Couto.

Criticando a escolha do PS, por não ser da terra, Pedro Paredes anunciara no início deste ano que avançaria como independente, contudo, alegando dificuldades no processo, desistiu dois meses antes do sufrágio.

Torres Couto tem como principal oponente, na tarefa de manter a autarquia nas "mãos" do PS, o comunista Vítor Proença, atual presidente do vizinho município de Santiago do Cacém.

Vítor Proença não podia recandidatar-se em Santiago do Cacém, por já ter atingido o limite de três mandatos imposto pela legislação, passando a ser aposta da CDU em Alcácer do Sal.

Tendo em conta os resultados das autárquicas de 2009, a "luta" entre os candidatos do PS e da CDU afigura-se renhida, até porque a diferença entre as duas forças políticas foi inferior a dois por cento.

Completam a lista de candidatos ao município de Alcácer do Sal o social-democrata Pedro Goucha, presidente da concelhia do partido, a professora Ana Penas, pelo Bloco de Esquerda, e Maria Teresa Noronha e Castro, pelo CDS-PP, presidente da concelhia e dirigente nacional do partido.

Sem representação no executivo municipal, aos candidatos do PSD e do BE não deverá restar outra aspiração do que obter melhores resultados para os seus partidos do que os conseguidos há quatro anos,

A candidatura do CDS-PP afigura-se uma incógnita, depois de o partido não ter concorrido nas últimas eleições em Alcácer do Sal.

Candidatos:

CDS-PP - Maria Teresa Noronha e Castro

BE - Ana Penas

PCP-PEV -- Vítor Proença

PS -- José Torres Couto

PSD -- Pedro Goucha

ALCOCHETE

O atual presidente da Câmara de Alcochete, Luís Franco, lidera a autarquia desde 2005 e vai ser o candidato da CDU para um terceiro mandato.

A CDU lidera a Câmara Municipal de Alcochete com maioria, tendo cinco eleitos, enquanto o PS tem dois, com os socialistas a avançarem com Teresa Moraes Sarmento como a sua candidata.

Pelo PSD, que não tem representação no executivo municipal, a candidata escolhida é Maria Rosário Prates, que vai tentar melhorar os cerca de 9% dos votos conseguidos em 2009.

O CDS apresentou Vasco Pinto, cabo do grupo de forcados dos Amadores de Alcochete, como o seu candidato, que vai procurar deixar de ser a quinta força política no concelho de Alcochete.

Candidatos:

CDS-PP - Vasco Pinto

PCP-PEV - Luís Franco

PS - Teresa Moraes Sarmento

PSD - Maria do Rosário Prates

ALMADA

A saída de cena da atual presidente da Câmara de Almada, Maria Emília de Sousa, que já cumpriu os três mandatos consecutivos permitidos pela legislação em vigor, constitui um elemento fundamental das próximas eleições autárquicas naquele concelho da margem sul do Tejo.

Médico de profissão, Joaquim Judas, ainda presidente da Assembleia Municipal do Seixal, prepara-se para um novo desafio político, desta vez no concelho onde reside.

Numa luta que se adivinha renhida, os socialistas confiam na candidatura do Provedor da Misericórdia de Almada, Joaquim Barbosa, enquanto os social-democratas apostam no presidente da Junta de Freguesia da Caparica, António Neves.

Ao contrário do que acontece em muitos outros concelhos do distrito de Setúbal, em Almada o CDS não se juntou ao PSD e decidiu apresentar uma candidatura autónoma, protagonizada pelo deputado municipal António de Sousa Pena.

A jovem Joana Mortágua, licenciada em Relações Internacionais, constitui a aposta dos bloquistas para o reforço do partido em Almada, enquanto pelo MRPP avança Domingos Bulhão, que já tinha sido candidato em 2009, num concelho com um executivo camarário constituído por 5 eleitos da CDU, 3 do PS, 2 dos PSD e 1 do BE.

Candidatos:

BE -- Joana Mortágua

CDS-PP -- Fernando Sousa da Pena

PCP-PEV -- Joaquim Judas

PS -- Joaquim Barbosa

PSD -- António Neves

PCTP/MRPP - Domingos Bulhão

BARREIRO

Carlos Humberto, que lidera a Câmara do Barreiro há dois mandatos, avançou para uma terceira candidatura, que tem como objetivo manter a maioria no executivo municipal, conquistada nas últimas eleições autárquicas.

Carlos Humberto reconquistou a autarquia para a CDU em 2004 depois de, pela primeira vez, o PS ter conseguido vencer a Câmara em 2001. Os socialistas têm sido o principal partido da oposição e avançam com Luís Ferreira, que já foi presidente da concelhia e candidato à federação distrital, como candidato.

Bruno Vitorino, deputado na Assembleia da República, é o candidato do PSD no concelho, que tem conseguido eleger um elemento no executivo. Bruno Vitorino já foi candidato pelo PSD em 2004, tendo assumido as funções de vereador na área do ambiente no executivo liderado pela CDU.

Humberto Candeias, deputado municipal, assume pela primeira vez a candidatura pelo BE à Câmara e quer conseguir, também pela primeira vez, eleger um representante no executivo municipal.

Candidatos:

BE -- Humberto Candeias

PCP-PEV -- Carlos Humberto

PS -- Luís Ferreira

PSD -- Bruno Vitorino

GRÂNDOLA

A escolha do candidato do PS, partido que lidera a Câmara de Grândola, foi conflituosa, opondo a Comissão Política Concelhia à Federação Distrital de Setúbal e à Comissão Política Nacional.

A concelhia pretendia apresentar como candidato Aníbal Cordeiro, vice-presidente do município de 2005 até setembro de 2012, altura em que se demitiu.

Contudo, as instâncias superiores socialistas optaram por Ricardo Campaniço, atual vice-presidente da autarquia.

O candidato preterido, Aníbal Cordeiro, avançou sem apoio partidário, sendo líder do Movimento Independente Por Grândola (MIG).

Neste concelho, existe outra candidatura independente, Grândola Melhor (MG), do atual presidente da Assembleia de Freguesia de Melides, António Candeias.

O nome do autarca de Melides também esteve "em cima da mesa" da concelhia socialista como possível candidato a candidato, mas António Cadeias não se quis submeter a eleições diretas.

Com três candidaturas saídas da "família" socialista de Grândola, poderá ser difícil ao PS melhorar ou mesmo manter o bom resultado que o ex-presidente Carlos Beato conseguiu em 2009.

Quem poderá sair a ganhar com a divisão dos socialistas é António Figueira Mendes, candidato da CDU, a segunda força política concelhia.

O comunista, que já foi presidente da câmara entre 1976 e 1989, tem a tarefa de tentar devolver o "leme" à CDU após 12 anos de gestão do PS.

Pelo Bloco de Esquerda, o independente Manuel Graça Dias completa a lista de candidatos.

Nas autárquicas de 2009, o PS obteve 55,96% dos votos (5 mandatos), a CDU 33,07% (2 mandatos), PSD 5,29%, BE 2,11% e CDS-PP 1,12%

Candidatos:

BE - Manuel Graça Dias

PCP-PEV -- António Figueira Mendes

PS -- Ricardo Campaniço

Movimento Independente Por Grândola (MIG) - Aníbal Cordeiro

Movimento Independente Grândola Melhor (GM) -- António Candeias

MOITA

Com a saída de João Lobo, por estar impedido de se candidatar a um terceiro mandato, a CDU avança com o atual vice-presidente, Rui Garcia, como candidato à Câmara da Moita, com o objetivo de manter a maioria.

O PS é o principal partido da oposição, com três vereadores no executivo, contra os cinco da CDU, e Manuel Borges é o candidato escolhido pelos socialistas, enquanto pelo BE avança o atual vereador da oposição Joaquim Raminhos, partido que tem conseguido manter representação no órgão.

O PSD perdeu nas últimas eleições autárquicas a seu representação no executivo municipal e o candidato João Paulo Gaspar foi o escolhido para procurar reconquistar um lugar no executivo.

Candidatos:

BE - Joaquim Raminhos

PCP-PEV - Rui Garcia

PS - Manuel Borges

PSD - João Paulo Gaspar

MONTIJO

A histórica presidente de Câmara do Montijo, Maria Amália Antunes, vai deixar a liderança da autarquia por atingir o limite de mandatos. Maria Amélia Antunes (PS) era a única autarca que quebrava a hegemonia da CDU em toda a Península de Setúbal, responsabilidade que fica agora nas mãos de Nuno Canta, seu vice-presidente.

Nuno Canta é o candidato do PS e vai procurar manter a maioria na autarquia, onde a principal força da oposição é o PSD, que aposta na deputada Maria das Mercês Borges para aproveitar a saída de Maria Amélia Antunes.

A CDU, na única autarquia da Península onde não é poder, escolheu Carlos Almeida como candidato, enquanto pelo BE avança Tiago Pinheiro e pelo CDS Artur Oliveira, dois partidos que não têm representação no executivo, tal como o MRPP, que avançou com a candidatura de Maria Manuela Parreira.

Candidatos:

BE - Tiago Pinheiro

CDS-PP - Artur Oliveira

PCP-PEV - Carlos Almeida

PCTP/MRPP - Maria Manuela Parreira

PS - Nuno Canta

PSD - Maria das Mercês Borges (PSD)

PALMELA

O vereador Álvaro Amaro é a aposta da CDU para a sucessão da atual presidente da Câmara de Palmela, Ana Teresa Vicente (PCP), impedida de se recandidatar ao cargo por já ter cumprido os três mandados consecutivos.

Antigo presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, principal núcleo urbano do concelho, Álvaro Amaro terá como principal objetivo manter a maioria absoluta da CDU, que tem três vereadores contra apenas dois do PS.

Depois da grande aposta de há quatro anos na candidatura de Fonseca Ferreira, que se revelou insuficiente para destronar os comunistas, o PS aposta desta vez na candidatura da atual vereadora Natividade Coelho.

Tarefa difícil para a candidata do PS, como também se afigura difícil para o candidato da coligação PSD/CDS, Paulo Ribeiro, não obstante a candidatura conjunta de social-democratas e populares.

O BE apresentou António Simões, tripulante de cabine de voo de uma companhia aérea, como candidato à presidência do município de Palmela, mas os bloquistas reconhecem que no melhor dos cenários poderão vir a eleger um vereador, o que seria inédito em Palmela.

A avaliar pelo histórico recente dos partidos da oposição no concelho de Palmela -- PS, PSD, CDS e BE-, dificilmente algum deles poderá ambicionar a muito mais de que encurtar distâncias em relação à maioria CDU.

Candidatos:

BE -- António Simões

PCP-PEV -- Álvaro Amaro

PS -- Natividade Coelho

PSD/CDS-PP -- Paulo Ribeiro

SANTIAGO DO CACÉM

Cabe a Álvaro Beijinha tentar prolongar a hegemonia comunista na Câmara de Santiago do Cacém, uma vez que o atual presidente, Vítor Proença, não se pode recandidatar devido à lei de limitação de mandatos.

Vítor Proença "comandou" os destinos do concelho nos últimos três mandatos e este ano encabeça a lista da CDU à Câmara Municipal de Alcácer do Sal.

Sendo Santiago do Cacém o último bastião comunista no Alentejo Litoral, todos os olhos estão postos no resultado de Álvaro Beijinha, atual vice-presidente do município, que tem como referência a maioria conseguida por Vítor Proença em 2009.

Do lado da oposição, o PS, a segunda força política no concelho, aposta no médico-cirurgião Nuno Oliveira para tentar fazer frente à candidatura comunista, tarefa que se antevê difícil.

Presidente da concelhia do PSD, Paulo Gamito é o nome escolhido pelos social-democratas, tendo a missão de, pelo menos, manter o mandato conseguido pelo partido em 2009.

O historiador João Madeira é o candidato do Bloco de Esquerda, missão que já tinha assumido nas autárquicas de 2005.

O CDS-PP avança com Mateus Guerreiro, agricultor, ex-jornalista e antigo combatente na guerra colonial em Angola, apresentando reduzida experiência política.

Candidatos:

BE - João Madeira

CDS--PP - Mateus Guerreiro

PCP-PEV -- Álvaro Beijinha

PS -- Nuno Oliveira

PSD - Paulo Gamito

SEIXAL

A Câmara do Seixal é liderada por Alfredo Monteiro (CDU), que devido à limitação de mandatos não pode avançar para uma nova recandidatura, passando a pasta ao seu vice-presidente, Joaquim Santos, que tem a responsabilidade de manter a maioria no executivo.

Joaquim Santos foi o escolhido para avançar no lugar do histórico Alfredo Monteiro, enfrentando o atual vereador socialista Samuel Cruz, sendo o PS a principal força de oposição no concelho.

Pelo PSD avança Paulo Edson, que também é vereador no executivo municipal, tal como o candidato do BE, Luís Cordeiro.

O CDS, que não tem representação no executivo municipal, anunciou João Noronha como candidato, que vai tentar melhorar os cerca de 5% conquistados em 2009.

Candidatos:

BE - Luís Cordeiro

CDS-PP - João Noronha

PCP-PEV - Joaquim Santos

PS - Samuel Cruz

PSD - Paulo Edson Cunha

SESIMBRA

Manter a maioria absoluta da CDU na Câmara de Sesimbra é o principal objetivo do atual presidente do município, Augusto Pólvora (PCP) que se recandidata a um terceiro mandato consecutivo nas eleições autárquicas de 29 de setembro.

O candidato comunista, que reconquistou a câmara de Sesimbra aos socialistas, governa a autarquia com maioria absoluta -- cinco eleitos da CDU, um do PS e outro do PSD --, terá como adversários o atual vereador socialista Américo Gegaloto, cabeça de lista do PS, e o também vereador social--democrata Francisco Luís, candidato da coligação PSD/CDS.

O Bloco de Esquerda aposta na candidatura do professor universitário Adelino Fortunato, numas eleições autárquicas em que as contas dos partidos poderão sair baralhadas ela candidatura independente de Carlos Sargedas, figura prestigiada de Sesimbra que decidiu submeter-se ao sufrágio dos sesimbrenses.

Candidatos:

BE -- Adelino Fortunato

PCP-PEV -- Augusto Pólvora

PS -- Américo Gegaloto

PSD/CDS-PP -- Francisco Luís

Sesimbra Unida -- Carlos Sargedas

SETÚBAL

A atual presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira (PCP), é a cabeça-de-lista da CDU às eleições autárquicas de 29 de setembro, em que o grande objetivo da coligação é manter ou mesmo reforçar a maioria absoluta conseguida em 2009.

Os socialistas, que têm penas três vereadores no executivo camarário, menos dois do que a CDU, apostam forte na candidatura de João Ribeiro, porta-voz do PS.

Apesar de se tratar de um candidato de grande visibilidade mediática, pelo cargo que ocupa no PS; João Ribeiro é praticamente desconhecido da grande maioria dos setubalenses.

A coligação PSD/CDS apresenta como cabeça-de-lista o empresário e ex-dirigentes social-democrata Luís Rodrigues, que já foi deputado eleito por Setúbal e presidente da Comissão Política Distrital do PSD.

Os social-democratas têm apenas um vereador na Câmara de Setúbal e o CDS/PP tem apenas representantes na Assembleia Municipal.

Também sem qualquer vereador no atual executivo camarário, o BE decidiu apostar na candidatura da deputada Mariana Aiveca.

Nas próximas eleições autárquicas, o concelho de Setúbal vai eleger mais dois vereadores, passando de 9 para 11, devido ao aumento da população do concelho, que já ultrapassa os 120.000 habitantes.

Candidatos:

BE -- Mariana Aiveca

PCP-PEV -- Maria das Dores Meira

PS -- João Ribeiro

PSD/CDS-PP -- Luís Rodrigues

SINES

O "rosto" da Câmara de Sines muda este ano, após Manuel Coelho ter liderado o município nos últimos quatro mandatos.

Tendo sido eleito pela CDU em 1997, 2001 e 2005, Manuel Coelho desvinculou-se do PCP em 2009 e avançou como independente pelo movimento Sines Interessa Mais (SIM), "roubando" a câmara à coligação liderada pelos comunistas.

Este ano, concorre pelo SIM a atual vice-presidente da câmara, Marisa Santos, que faz parte do executivo camarário desde 2002.

Cabe à candidata segurar a maioria conseguida pelo SIM nas últimas autárquicas, num concelho marcado por um dos complexos industriais e portuários mais importantes do país.

O PS, a segunda força política do concelho, aposta em Nuno Mascarenhas para "desviar" votos do SIM.

O candidato é vereador na câmara desde 2005, cargo que também já desempenhara entre 1998 e 2001, sempre sem pelouros.

A CDU confia em Hélder Guerreiro, deputado municipal desde 2005, para tentar recuperar uma câmara que foi sempre comunista até Manuel Coelho "bater com a porta".

Apesar de ter obtido o pior resultado das votações em Sines no anterior sufrágio, o PSD mantém como candidato João Custódio, empresário do setor das pescas.

Américo Lourenço, vigilante na Administração do Porto de Sines, é o candidato do CDS-PP, que não concorreu aos órgãos autárquicos deste concelho nas últimas eleições locais.

Candidatos:

CDS-PP -- Américo Lourenço

PCP-PEV -- Hélder Guerreiro

PS -- Nuno Mascarenhas

PSD - João Custódio

Movimento independente Sines Interessa Mais (SIM) - Marisa Santos

Lusa/Fim