A organização do festival de Cannes anunciou hoje a lista dos quinze realizadores e projetos selecionados - os que são considerados "mais promissores" - para a edição deste ano do "Atelier de la Cinéfondation" e, entre eles, está João Viana e o projeto da segunda longa-metragem de ficção, "Our Madness".

O Cinéfondation foi criado em 2005, no âmbito do festival de Cannes, com o objetivo de "estimular o cinema criativo e encorajar o aparecimento de uma nova geração de realizadores", proporcionando-lhes acesso a coprodutores internacionais que permitam "acelerar a conclusão" dos seus projetos.

Contactado pela agência Lusa, João Viana, autor de "A batalha de Tabatô", explicou que "Our Madness" é um retrato sobre a atualidade política e social de Moçambique. O argumento é do realizador e a rodagem deverá ter início depois do verão, um pouco por todo aquele país africano.

A coprodução será entre Portugal, França e Moçambique.

João Viana, filho de portugueses e nascido em Angola, é autor de várias curtas-metragens, selecionadas para festivais internacionais, e da longa-metragem "A batalha de Tabatô", rodado numa aldeia na Guiné-Bissau, um filme já premiado em Berlim.

Sobre a seleção de "Our Madness", João Viana mostrou-se entusiasmado, afirmando que o Cinéfondation representa uma maior projeção dentro do festival. "É muito assustador, mas há que aproveitar a oportunidade. Eu julgava que o primeiro filme era o mais importante [na carreira de um realizador], mas afinal é o segundo. O Tabatô foi feito sem dinheiro nenhum e correu bem. Vamos ver".

Este ano, o Atelier de la Cinéfondation decorrerá de 13 a 24 de maio e conta com 15 realizadores de 14 países, nomeadamente Colômbia, Irão, Sri Lanka, África do Sul, Espanha e França, e também do Brasil, com "Butterfly Diaries", projeto de Paula Un Mi Kim.

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Lusa/fim