"Não queremos fazer uma autópsia, queremos evitar que o doente morra. Queremos e temos o direito de saber, num banco que é público, se há problemas que justifiquem a injeção de quatro ou cinco mil milhões para podermos democraticamente discutir e para termos uma palavra a dizer em tempo útil e não depois do facto consumado", afirmou Maria Luís Albuquerque, durante uma intervenção dirigida a militantes da distrital do PSD/Oeste.

A ex-ministra das Finanças justificou assim o pedido de uma comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), depois de várias tentativas para conhecer a situação do banco público e consequentes recusas de esclarecimento pelo Governo.

"É muito preocupante a falta de respeito democrático que está subjacente a estas reações", defendeu.

Para Maria Luís Albuquerque, é fundamental perceber se também "há outras questões a ver com o sistema bancário metidas dentro do mesmo saco e saber se a CGD vai dar como perdidos muitos dos empréstimos que concedeu ou se vai atrás desse dinheiro".

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