Numa mensagem televisiva, citada pela agência de notícias espanhola Efe, Antonis Samaras, afirmou que a Grécia "está a viver os piores momentos da sua História" e que vive momentos de grande incerteza.

O líder da Nova Democracia falava minutos depois de o chefe do Governo grego, Alexis Tsipras, se ter dirigido à população também através da televisão, para confirmar o referendo à proposta dos credores do próximo domingo e voltar a pedir um "não" na consulta popular.

O também ex-primeiro-ministro grego acrescentou que por cada dia que os bancos permanecem encerrados o país perde dinheiro e afirmou que esse é "o custo de ter um Governo com opções antieuropeias".

Antonis Samaras considerou que o apelo do voto no "não" leva a um "beco sem saída", que empurra o país para a saída do euro.

Na opinião do líder da oposição, tudo o que a Grécia ganhou nos últimos anos, aplicando as reformas impostas pelas instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), está agora a evaporar-se.

Samaras classificou ainda de "erro grave" a convocatória do referendo e defendeu o voto no "sim", que, considerou, significa "um passo em direção à Europa".

Atenas apresentou uma contraproposta aos credores para tentar alcançar um acordo: a carta dirigida por Tsipras aos chefes das três instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) sublinha que a Grécia "está preparada para aceitar o acordo", mas com algumas alterações.

Entretanto, os ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) concluíram a nova reunião por teleconferência realizada hoje à tarde, tendo decidido prosseguir discussões sobre a ajuda à Grécia apenas após a realização do referendo.

SP (RCR/ACC) // CSJ

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