"Iremos rever o quadro fiscal aplicável, reforçando a discriminação positiva do interior. Entre outras medidas, tencionamos que as empresas dos territórios de mais baixa densidade populacional possam beneficiar de reduções substanciais do IRC, podendo chegar até a uma coleta zero, em função do número de postos de trabalho", declarou o líder do executivo.

António Costa falava na cerimónia de apresentação do relatório do Movimento pelo Interior, no antigo Museu dos Coches, tendo a escutá-lo na primeira fila da plateia o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, e o presidente da Assembleia da República.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro voltou a criticar a intenção da Comissão Europeia de cortar verbas ao fundo de coesão, salientou a abertura do Governo para ponderar as propostas do Movimento pelo Interior, mas avançou ainda com outras medidas que o seu executivo tenciona adotar a curto prazo.

"Vamos lançar uma linha de crédito no montante de 100 milhões de euros, destinada exclusivamente a pequenas e microempresas situadas no interior, para financiamento de projetos de criação, expansão ou modernização de unidades produtivas", declarou também o primeiro-ministro.

Na primeira fila da plateia estavam ainda a ouvir as palavras do primeiro-ministro os líderes do PSD, Rui Rio, e do CDS-PP, Assunção Cristas, o presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), Manuel Machado, assim como os ministros da Presidência (Maria Manuel Leitão Marques), das Infraestruturas e Planeamento (Pedro Marques), Adjunto (Pedro Siza Vieira) e da Administração Interna (Eduardo Cabrita).

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