Bruno de Carvalho afirmou que não reconhece Jaime Marta Soares como presidente da Mesa da AG nem a Comissão de Fiscalização que este nomeou, considerando que a reunião magna de 23 de junho está "ferida de legalidade", mas salientou que vai disponibilizar os meios necessários o plenário em que deverá ser votada a destituição da direção.

"Aos sportinguistas conferimos os meios necessários para que essa Assembleia Geral, que é um julgamento público, onde não podemos estar, decorra e vamos efetuar o pagamento. Fazemos isto em nome dos sportinguistas", disse.

Bruno de Carvalho sublinhou que o faz em nome dos sportinguistas, mas não a bem do Sporting. "A bem do Sporting devíamos impugnar tudo", frisou.

O presidente da direção do Sporting, que foi suspenso pela Comissão de Fiscalização nomeada por Jaime Marta Soares, presidente demissionário da Mesa da Assembleia Geral, voltou a garantir que a sua direção não se demite e explicou que não poderá estar presente na AG.

"Não podemos participar, porque não somos sócios a dia 23, mas vamos disponibilizar aos associados os serviços e vamos permitir, que o que consideramos ex-presidente MAG venha amanhã [sexta-feira] aos serviços conferir todas as formalidades e todos os votos que diz que tem", disse, alertando que, caso a destituição não seja confirmada, vai "cobrar até ao último cêntimo" os custos da AG a Marta Soares.

O Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa considerou hoje ilegal a comissão transitória da Mesa da Assembleia Geral (MAG) nomeada pela direção do Sporting, bem como as reuniões magnas por esta marcadas para 17 de junho e 21 de julho.

A primeira, marcada para o Pavilhão João Rocha, em Lisboa, tinha como pontos da ordem de trabalho a aprovação do orçamento para 2018/19 e a validação dos órgãos nomeados pela direção liderada por Bruno de Carvalho.

Esta AG foi convocada pela CT da MAG, encabeçada por Elsa Tiago Judas, em resposta à reunião magna convocada pela MAG demissionária, presidida por Jaime Marta Soares, para 23 de junho, na Altice Arena, em Lisboa. Apesar das divergências sobre a legalidade de cada um dos lados, certa é a obrigação estatutária de apresentação e votação do orçamento até 30 de junho.

AJO // PA

Lusa/fim