"Numa altura tão difícil e injusta, que os portugueses têm aguentado com uma paciência que eu considero inexcedível, em que vivemos num neofascismo capitalista, que afasta ainda mais as pessoas da cultura e dos livros, estar aqui hoje é, também, um ato de protesto", disse António Lobo Antunes, na livraria Pátio das Letras, em Faro.

Num registo informal, perante uma sala lotada, com perto de uma centena de pessoas, o escritor respondeu às várias questões colocadas pela assistência, falou do seu último livro e teceu críticas ao estado da cultura em Portugal, alertando para o excesso de lixo televisivo, a falta de programas culturais e a inexistência de bons livros.