"Ficamos obviamente preocupados quando vemos que quando essas instituições não dizem o que é do agrado do Governo, quando não tecem elogios, quando não se convertem à maravilha dos resultados que são enunciados, quando chamam à atenção independentemente dos governos que estão para os problemas que existem, há uma grande diferença entre nós, quando nós estávamos no Governo podíamos não concordar com o que as instituições diziam, mas não ameaçávamos, não manipulávamos ou lhes metíamos uma rolha na boca", disse.

Perante as críticas, o que o Governo PS faz é recusar os novos nomes que são propostos para essas entidades e recusar tantas vezes até que essas proponham quem o Governo quer, frisou o líder social-democrata durante o seu discurso, na apresentação dos candidatos às eleições autárquicas de Murça, no distrito de Vila Real.

"É esta a Democracia praticada por quem está hoje no Governo, uma Democracia limitada e mais pobre e nós não queremos isso", salientou.

Considerando que o país é hoje governado por quem diz uma coisa e faz outra, o ex-primeiro-ministro referiu a necessidade de continuar a existirem instituições independentes fortes que possam defender os cidadãos das arbitrariedades, das manipulações e das inverdades de quem lidera.

SYF // EL

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