A juíza do tribunal de Viana do Castelo marcou para dia 13 de novembro, às 10:00, a assembleia de apreciação do relatório do administrador de insolvência, estando a decorrer, durante 30 dias, o prazo para reclamação de créditos.

O pedido de insolvência foi apresentado pela própria empresa, com sede no Cais Novo, em Darque, Viana do Castelo, no dia 18 de setembro, alegando dívidas no valor 1,358.974 euros, a mais de 200 credores.

Naquele valor não estão contabilizados os créditos dos cerca de 60 trabalhadores. No processo, a fábrica situada no Cais Novo é o único património declarado, no valor de 350 mil euros.

Entre os principais credores da empresa que, além da fábrica detém ainda quatro lojas, em regime de aluguer e concessionadas a outra empresa cujo proprietário também é credor, encontram-se a Caixa Geral de Depósitos (mais de 169 mil euros) e o Novo Banco, com 134 mil euros.

No processo constam ainda casos judiciais anteriores à declaração de insolvência, nomeadamente uma execução intentada pela Segurança Social, no valor de 300 mil euros, um processo contra ordenação da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) de 59 mil euros e cinco processos instaurados por trabalhadores que correm no Tribunal de Trabalho.

A administração da empresa alegou "falta de liquidez" para pedir a insolvência, "traduzida na ausência de crédito e indisponibilidade dos sócios para entradas suplementares de capital".

No documento, a que a agência Lusa teve hoje acesso, a juíza que declarou a insolvência, requerida pela própria empresa, nomeou Fernando Carvalho como administrador de insolvência.

Fundada em 1945, a empresa tinha um capital social de 199.519 mil euros, dedicando-se à produção e comércio de pão e de produtos similares.

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