Cerca de 700 imigrantes estão desaparecidos no Mediterrâneo, depois de a traineira onde viajavam com destino a Itália ter naufragado a 60 milhas da costa da Líbia.

Em comunicado, a organização Save the Childreen pediu que os presidentes dos vários países da União Europeia se reúnam dentro de um prazo máximo de 48 horas para analisarem a situação relacionada com a imigração.

O documento refere que a organização já tinha alertado sobre o aumento das travessias de imigrantes devido à instabilidade na Líbia, sublinhando os riscos a que as crianças são submetidas quando sujeitas a viagens marítimas sem condições de seg2urança.

"O que está a acorrer no Mediterrâneo não é um acidente, é o resultado direto das nossas políticas. Quantas crianças inocentes, assim como as famílias, vão ter de morrer para que os nossos líderes atuem?", questiona a Save the Children.

Andres Conde, diretor-geral da organização não-governamental acredita que é o momento de "pôr o humanismo à frente da política" e restabelecer imediatamente as operações de salvamento.

"A Europa não pode olhar para o lado enquanto milhares de pessoas morrem ao largo da costa", sublinhou.

A organização Save the Children referiu-se também aos testemunhos de várias crianças que chegam a Lampedusa, Sicília, Calábria, e Apulia e que revelam o nível de violência a que estão a ser sujeitas na Líbia.

A União Europeia anunciou que vai organizar uma reunião de urgência com os ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros por causa do naufrágio da embarcação que transportava os 700 imigrantes a 60 milhas da costa da Líbia.

PSP // VC

Lusa/fim