"Portugal comporta-se como um Governo fantoche de alemães, franceses e italianos, e atraiçoa os países médios e pequenos que se tinham consensualizado na recusa desta proposta de listas transnacionais ao parlamento Europeu", defendeu Nuno Melo em declarações à Lusa.

O eurodeputado acusa o ministro e dirigente socialista Augusto Santos Silva de "mentira absoluta", afirmando que nem o CDS votou qualquer resolução no sentido dessas listas nem o próprio voto do Parlamento Europeu as refere, remetendo, sim para uma "discussão transnacional".

Santos Silva afirmou na quinta-feira: "Não consigo perceber, especificamente em relação ao PSD e ao CDS, como podem ser hoje contra as listas transnacionais, quando os seus eurodeputados, em 2015, votaram a favor de uma resolução que expressamente recomenda a formação das listas transnacionais".

Nuno Melo contrapõe que não votou essa resolução, diz que Santos Silva incorreu num "engano premeditado" e sublinha que "a própria resolução não prevê listas transnacionais em nenhum ponto".

"A única coisa que refere é a necessidade de se iniciar uma discussão transnacional, como, por exemplo, já aconteceu com o candidato à presidente da Comissão Europeia nas últimas eleições, ou na forma de escolha dos comissários", afirmou Nuno Melo.

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