Apesar de já haver terapias eficazes para reidratar as vítimas e vacinas orais, a doença, que provoca diarreia, vómitos e tem uma taxa de mortalidade de cerca de 50 por cento, ainda abunda em muitos países em desenvolvimento, como o Haiti e o Iémen, devido à falta de infraestruturas e condições de higiene e salubridade.

Numa das experiências divulgadas hoje, foi usada uma versão mais fraca da doença, responsável por uma epidemia no Haiti, para fabricar uma vacina oral que foi testada em coelhos jovens que foram depois expostos a doses mortais de cólera.

Mais animais sobreviveram e a doença não foi tão grave nos que foram vacinados, o que, transpondo para uma simulação de 100.000 humanos infetados, levou os cientistas a concluir que uma vacinação rápida poderia evitar milhares de infeções.

Em outra experiência, usou-se uma bactéria intestinal inofensiva, que se encontra em produtos lácteos fermentados e produz um ácido a que a bactéria que provoca a cólera é sensível.

Os investigadores deram esta bactéria intestinal a ratos bebés e verificaram que combateu a reprodução da bactéria da cólera nos intestinos, aumentando a probabilidade de sobrevivência.

APN // JMR

Lusa/fim