A mostra é composta por 30 telas - 20 delas em grande formato, onde explora as letras e retrata rostos femininos -, por fotografias dos murais de intervenção social e política que pintou, entre os quais dois do mural das Amoreiras, em Lisboa (em que surgem Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Angela Merkel), e por peças de design e pinturas em troncos, adiantou em declarações à Lusa.

Nomen, nascido Nuno Reis, em 1974, começou a pintar em 1989, em Carcavelos, numa altura em que não havia paredes legais e o 'graffiti' era visto apenas como vandalismo.

Hoje em dia já não é assim. "As pessoas começam cada vez mais a gostar de 'graffiti', criando-lhe suporte fotográfico massivo nas redes sociais e mostrando o seu agrado ao vivo ou através da internet", disse.

Apesar de ter começado a pintar no final da década de 1980, viver em exclusivo da arte só foi possível a partir de 2007.

"All in Wonder" inclui também um mural, dentro do Palácio do Egipto, na entrada principal da exposição. Além disso, no dia 24, entre as 09:00 e as 17:00, será possível ver Nomen a pintar um outro mural ao vivo.

Da mostra faz também parte o livro que editou recentemente, em edição de autor, que retrata fotograficamente a sua vida e obra.

"Nomen, Graffiti My Life History", dividido em oito capítulos, contempla "trabalho de rua, história, muralismo, estilos caligráficos, murais de intervenção social e política, arte urbana, galerias e telas".

"All in Wonder" estará patente até 22 de abril.

JRS // MAG

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