O museu é um dos 'palcos', em Portugal, do evento, promovido pela Comissão Europeia e que junta, durante a noite de hoje, mais de 250 cidades da Europa em torno de uma ideia, a de aproximar a ciência dos cidadãos, com os investigadores a mostrarem e a explicarem o que fazem nos laboratórios.

No museu, os visitantes poder ver, por exemplo, amostras de diferentes tipos de solo, os bichinhos e as pedrinhas que os habitam, descodificar os 'mistérios' do glúten na alimentação ou conhecer a evolução de um embrião e ficar a perceber a sua importância para o estudo de doenças.

Uma série de atividades de todas as áreas científicas para ver e experimentar, segundo António Monteiro, da organização da "Noite europeia dos investigadores", no Museu Nacional de História Natural e Ciência.

O desafio, sublinhou, é "mostrar às pessoas como a ciência está presente no seu dia-a-dia e quão importante é para a sua qualidade de vida, para o desenvolvimento das cidades e da sociedade".

A "Noite europeia dos investigadores" é uma iniciativa anual, direcionada sobretudo para os mais jovens, e promovida pela Comissão Europeia no âmbito das Ações Marie Curie.

Algumas das atividades organizadas em Portugal, com o apoio de várias instituições de investigação, incluem a observação de microrganismos no microscópio, a impressão de objetos em 3D, a interação com robôs e o encriptamento de mensagens secretas.

O programa de ações, de participação gratuita, engloba também a exploração do magnetismo com super-ímans, o treino de microcirurgias em modelos de três dimensões, a criação de biossensores em papel, o estudo de fósseis, a observação do céu com telescópios, o conhecimento das plantas que irão fazer parte da alimentação do futuro e a descoberta de componentes para medicamentos, cosméticos e combustíveis extraídos de bactérias.

Lisboa, Porto, Braga, Santarém, Aveiro, Bragança, Coimbra, Évora, Faro, Setúbal, Madeira, Castelo Branco e Açores são alguns dos distritos e regiões que aderiram à "Noite europeia dos investigadores".

O ministro da Ciência, Manuel Heitor, 'apadrinhou' o evento no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, onde os visitantes irão "viajar" até 2030, numa antecipação como poderá ser a vida nessa altura. No mesmo local realizam-se debates sobre promessas e desafios das terapias genéticas e o melhoramento cognitivo.

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