"Onde melhor deveria ser patenteada esta exposição, testemunho de criatividade e comunismo, tão definidores desse sonho sempre renovado que é Serralves?", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa durante a cerimónia de inauguração da exposição "Joan Miró: Materialidade e Metamorfose".

O chefe de Estado defendeu ainda que a cidade do Porto -- "capital da liberdade e criatividade cultural" -- é a melhor para acolher "uma coleção de Joan Miró, ele próprio exemplo de cultura e liberdade".

O Presidente da República saudou ainda a "decisão do Governo, que soube compreender a situação existente e acolher o que melhor se ajustava ao interesse nacional".

Comissariada por Robert Lubar Messeri, com projeto de Álvaro Siza Vieira, a exposição reúne a quase totalidade das obras da coleção de Miró na posse do Estado provenientes do BPN e percorre o rés-do-chão e o primeiro andar da Casa de Serralves.

A coleção em causa, proveniente do antigo Banco Português de Negócios (BPN), "inclui um total de 85 obras de Miró, do ano de 1924 até 1981", nas quais se encontram "desenhos e outras obras sobre papel, pinturas (com suportes distintos)", além de seis tapeçarias de 1973, uma escultura, colagens, uma obra da série "Telas queimadas" e várias pinturas murais.

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