Marco Augusto, capitão do Porto de Peniche, disse à agência Lusa que a embarcação da pesca do arrasto, com 24 metros de comprimento, entrou pelas 19:15 no porto e aí atracou pelas 20:15, depois de terem sido verificadas todas as condições ambientais e de segurança.

A tripulação, composta por seis pescadores, todos espanhóis, à exceção do armador, que é de Matosinhos, está a salvo, sem ter sofrido quaisquer problemas de saúde, disse.

Dois dos pescadores efetuaram a viagem no interior do arrastão e quatro no rebocador.

Além do rebocador, a operação foi assegurada pelo salva-vidas "Vigilante" e por uma lancha da Polícia Marítima, de Peniche, pela corveta "Jacinto Cândido", com uma guarnição de 70 homens, pela embarcação de pesca "Fortuna do Mar" e por uma embarcação semirrígida da estação salva-vidas da Nazaré.

O mesmo responsável adiantou que, depois de o incêndio ter sido controlado e extinto a bordo, os seus compartimentos vão ser arejados, no sentido de eliminar eventuais gases tóxicos para poder ser inspecionado na terça-feira, pela companhia de seguros e pela Autoridade Marítima, a quem cabe investigar as causas.

A escolha do porto de Peniche prende-se com o facto de ter melhores condições de entrada do rebocador.

O incêndio deflagrou hoje de manhã na casa das máquinas, quando a embarcação se encontrava a navegar a uma distância de 15 milhas da costa, ao largo de Pedra do Ouro, a noroeste da Nazaré.

As chamas foram combatidas pela tripulação, que optou por ficar a bordo a "tentar minimizar os danos no barco", numa ação acompanhada de perto pela embarcação da estação salva-vidas do Instituto de Socorros a Náufragos (ISN) da Nazaré, pronta para responder à "eventual necessidade de resgatar os pescadores", explicou o comandante do Porto da Nazaré, Gomes Agostinho.

O alerta para a capitania foi dado às 08:45 e foram transmitidas indicações à tripulação para que "envergassem os coletes salva-vidas e se posicionasse de forma a efetuar o disparo da balsa em caso de necessidade.

FYC (DYA) // ARA

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