O livro é editado pela Editorial Caminho e lançado em Portugal na próxima semana, depois de já ter tido edição no Brasil e em Angola, onde foi distinguido com o "Prémio Caxinde do Conto Infantil".

Na história, Ondjaki atribui a uma menina, filha de deuses, o poder da criação da chuva, através da tristeza e das lágrimas salgadas, que enchem oceanos. É o pai dela que lhe ensina que "a tristeza faz parte da vida" e que também se pode chorar de felicidade, com lágrimas doces que enchem rios e lagos.

"Ombela", que propõe aos pequenos leitores uma aproximação à natureza e uma autoaprendizagem sobre as emoções, significa "chuva" em umbundu, uma das línguas faladas em Angola.

O livro será apresentado por Ondjaki, no dia 07, no âmbito do 1.º Encontro de Literatura Infanto-Juvenil da Lusofonia, que começa na segunda-feira na Fundação O Século, em Cascais.

Ondjaki, nascido em Luanda, em 1977, tem publicadas várias obras para a infância e juventude, algumas delas premiadas, nomeadamente "Uma escuridão bonita. Estórias sem luz elétrica", feito com António Jorge Gonçalves, "A bicicleta que tinha bigodes", "O leão e o coelho saltitão", também ilustrado por Rachel Caiano, e "Ynari: a menina das cinco tranças", ilustrado por Danuta Wojciechowska.

Entre os prémios conquistados pelo autor contam-se o Prémio Saramago, em 2013, e o Prémio Bissaya Barreto, em 2012.

Rachel Caiano, artista plástica, nascida no Brasil em 1977, já ilustrou vários títulos para a infância, entre os quais "Viagem ao país da levitação", de Gonçalo M. Tavares, "Pequeno livro das coisas" e "Tudo é sempre outra coisa", ambos de João Pedro Mésseder.

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Lusa/fim