O debate/sessão de informação pública está marcado para 03 de junho, às 18:00, no Museu Nacional de Arqueologia, no Mosteiro dos Jerónimos, e é organizado pela Associação dos Arqueólogos Portugueses (AAP), em parceria com organizações nacionais e internacionais ligadas ao património.

Num comunicado enviado à agência Lusa, o vice-presidente da AAP, Luís Raposo, sublinha que o objetivo principal deste encontro "Património Cultural, memória da Humanidade" é "mobilizar todos os cidadãos para um combate de civilização contra a barbárie".

"Trata-se aqui plenamente de civilização, juntando num mesmo paradigma a denúncia do mais aviltante vilipêndio da vida humana, com o mais abjeto desprezo da sua memória registada em monumentos e museus", refere o especialista em arqueologia.

Depois das destruições de monumentos perpetradas pelo grupo radical Estado Islâmico (EI) em Mari, Nimrud, Mossul, Zenobia, Aleppo, e outros locais no Médio/Próximo Oriente e Norte/Centro de África, receia-se agora que a tomada de Palmira, no deserto sírio, seja o próximo alvo de destruição de património mundial.

As ruínas de Palmira estão na lista do Património da Humanidade da UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

O interesse do EI na cidade - conhecida pela "Veneza do deserto" - é estratégico, porque serve de ligação entre a província síria de Deir al Zur e o Iraque com os arredores de Damasco.

Luís Raposo sublinha que a Síria e o Iraque têm sido as maiores vítimas do EI, e que a AAP, no plano nacional, e o Conselho Internacional dos Museus (ICOM), "acompanham a situação com a maior apreensão".

Para o debate foi convidado o Alto Representante das Nações Unidas para o Diálogo das Civilizações, Jorge Sampaio, embaixadores e representantes diplomáticos de países afetados.

AG // CSJ

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