Este artigo tem mais de 9 anos
O investigador e historiador Manuel Correia, autor de dois livros sobre Egas Moniz, disse hoje à Lusa que o primeiro Nobel português, cujo nascimento, há 140 anos, é recordado no sábado em Estarreja, foi alvo de uma "grande injustiça".
Em causa está o facto de a Assembleia do Nobel do Instituto Karolinska, que atribui os prémios de Fisiologia ou Medicina, ter recusado a atribuição do Nobel a Egas Moniz pela invenção da angiografia cerebral, uma técnica que permitia a visualização das artérias do cérebro e que, segundo o historiador, foi a sua "grande realização científica".
"Parece estranho como, sendo a angiografia tão consensual, não lhe foi dado o prémio por isso. Não lhe reconheceram o mérito científico por essa invenção", disse à Lusa o historiador, que investigou o processo de atribuição do prémio Nobel a Egas Moniz, nos arquivos da fundação Nobel em Estocolmo, Suécia.