"Se chegarmos a junho sem acordo, tudo tomará um caminho ainda mais difícil", admitiu Dragasakis numa entrevista ao jornal To Vima, de Atenas.

Questionado sobre a possibilidade de eleições ou a realização de um referendo em caso de ausência de compromissos, o vice-ministro não negou que essas hipóteses existem.

O governo de Atenas tem afirmado que apresentou propostas "construtivas" para enfrentar diferendos "políticos".

"Não podemos ser outra coisa a não ser aquilo que somos", afirmou o vice-primeiro-ministro sublinhando que os responsáveis gregos têm insistido com frequência nas "linhas vermelhas" que não podem ser ultrapassadas em questões relacionadas com cortes suplementares da despesa pública.

A próxima reunião dos ministros das Finanças da zona euro está marcada para sexta-feira na Letónia e vai discutir a situação financeira da Grécia.

No sábado, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, considerou que a resposta à crise da Grécia "está nas mãos do governo grego" e defendeu que "é preciso mais trabalho, muito mais trabalho e urgente".

"Todos queremos que a Grécia tenha sucesso. A resposta está nas mãos do governo grego", afirmou Draghi em Washington, indicando, no entanto, que a Zona Euro está agora "mais preparada do que em 2012, 2011 ou 2010" se a situação piorar.

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