Paulo Pereira Cristóvão foi detido no âmbito de uma investigação que, em julho de 2014, já tinha levado à detenção de 12 pessoas por sequestro, roubo e usurpação de funções.

Daquelas doze pessoas, oito arguidos, incluindo três polícias, ficaram em prisão preventiva. Os restantes quatro arguidos ficaram sujeitos a apresentações periódicas diárias às autoridades.

O grupo, que integrava três agentes da PSP, foi desmantelado por elementos da Unidade Nacional Contra o Terrorismo da Polícia Judiciária (PJ), indiciados por associação criminosa, sequestro, roubo qualificado, usurpação de funções, abuso de poderes e posse de armas proibidas.

Os detidos, 11 homens e uma mulher, com idades entre os 31 e 43 anos, dedicavam-se "a sinalizar potenciais alvos para os roubarem no interior das suas residências, simulando tratar-se de verdadeiras ações policiais a cumprir buscas domiciliárias judicialmente ordenadas, tendo alguns deles utilizado, em certas ocasiões, as suas próprias fardas para assim melhor credibilizarem as atuações", informou a PJ, aquando das detenções.

Na mesma altura, a PJ referiu que os crimes ocorreram nos distritos de Lisboa e Setúbal, tendo em alguns dos casos sido utilizada a violência e a coação para que as vítimas fornecessem informação sobre os locais onde se encontravam escondidas quantias monetárias, objetos e produtos com valor acrescentado.

Paulo Pereira Cristóvão, detido no âmbito da mesma investigação, foi vice-presidente do Sporting durante o mandato de Luiz Godinho Lopes, depois de ter sido candidato à presidência do clube, tendo perdido para José Eduardo Bettencourt.

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