António Costa falava num comício do PS para assinalar dois anos de Governo, no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, depois de, ao final da tarde, a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2018 ter sido aprovada em votação final na Assembleia da República com os votos favoráveis dos socialistas, Bloco de Esquerda, PCP, PEV e PAN.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro insistiu na ideia (colocada em dúvida poucas horas antes pela dirigente do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua) de que, para o seu Governo, "palavra dada é palavra honrada".

Mas António Costa, na sua intervenção, procurou sobretudo defender que "este Orçamento não é só para alguns, mas, sim, para todos, vivam onde vivam, tenham a idade que tiverem, qualquer que seja a sua profissão".

Numa resposta à ideia dos setores da oposição de que os trabalhadores do Estado são quem mais beneficia com a política de rendimentos deste Governo, o líder socialista contrapôs que 200 mil agregados familiares vão estar isentos de IRS e que 1,6 milhões agregados pagarão menos este imposto com o desdobramento de escalões.

"Há 2,8 milhões de pensionistas que vão ter a sua pensão aumentada acima da inflação e, em agosto próximo, mais 1,6 milhões de pensionistas vão ter uma aumento extraordinário como forma de compensar os anos em que não tiveram qualquer subida quando o PSD e CDS estiveram no Governo", apontou.

Mas António Costa referiu-se especificamente à questão dos funcionários públicos.

"Sim, cumprimos a palavra dada aos funcionários públicos, porque estes trabalhadores não são menos do que os outros portugueses. Têm direito ao respeito e têm direito a uma carreira devolvida - uma carreira que agora nós descongelamentos para todos os funcionários do Estado", salientou, recebendo muitas palmas da assistência.

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