Estas posições foram assumidas por António Costa na abertura de uma sessão de esclarecimento promovida pelo PS sobre as suas propostas para a Segurança Social, no Fórum Lisboa, no qual também participaram o ex-ministro Vieira da Silva, o vereador Manuel Salgado e o coordenador do cenário macroeconómico socialista, Mário Centeno.

Na sua intervenção, António Costa fez alusão a uma posição tradicional da CGTP-IN, defendendo que a contribuição patronal para a Segurança Social deve também passar pelo valor acrescentado líquido.

António Costa deixou assim a entender que não existe uma grande diferença em relação à ideia do PS de transferir parte do IRC para o sistema de Segurança Social, diversificando as fontes de financiamento do sistema.

"O que está em causa é saber quem deve contribuir mais para a Segurança Social, as empresas que apresentam mais lucro ou as que criam mais emprego. A nossa resposta é que devem ser as empresas que têm mais lucro e devemos apoiar mais as empresas que criam mais emprego. Daí, propormos uma alteração da forma de contribuição por parte das empresas", argumentou, recebendo palmas dos simpatizantes e militantes socialistas.

Ainda no ponto referente à descida da TSU das empresas, considerado um dos mais polémicos do cenário macroeconómico socialista, António Costa disse que a questão "não é baixar ou não a TSU das empresas, mas saber qual a base de incidência da forma de contribuição das empresas para o sistema de Segurança Social, defendendo então que a contribuição deve incidir menos sobre a massa salarial, até para vantagem dos sindicatos.

"Na negociação de aumentos salariais, hoje, em cada dez euros de aumento, significa 12,37 euros de aumento de encargos para a empresa. Se a contribuição incidir menos sobre a massa salarial e mais sobre os lucros, obviamente, então a margem de negociação aumenta - e essa é uma vantagem importante", advogou o líder socialista.

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