"Decidimos enviar [para o Ministério Público] porque há um dever especial de colaboração tratando-se de uma pessoa que tem um estatuto semelhante ao de testemunha", afirmou à agência Lusa Fernando Negrão, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao caso BES.

Segundo Fernando Negrão, a CPI entendeu que o "dever especial de colaboração foi quebrado" porque o empresário "terá estado em Portugal".

"Entendeu-se enviar para o Ministério Público para o Ministério Público agora aferir se isso consubstancia ou não um crime de desobediência", sublinhou Fernando Negrão.

O empresário José Guilherme foi chamado à comissão de inquérito em fevereiro para esclarecer a prenda de 14 milhões de euros que ofereceu a Ricardo Salgado, ex-presidente do BES.

José Guilherme, que reside em Angola, tem adiado a sua presença no parlamento, alegando razões profissionais e de saúde, mas, segundo o semanário Expresso, o empresário terá estado no barbeiro na Amadora a 07 de março.

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