"Uma coligação [PSD/CDS] que a única coisa que tem para dar é a data é uma coligação que não tem mesmo nada para dar", declarou o secretário-geral do PS.

António Costa respondia então a uma questão dos jornalistas sobre o facto de o primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, e o vice-primeiro-ministro e líder do CDS, Paulo Portas, terem anunciado no sábado, dia 25 de Abril, que os seus partidos vão concorrer coligados às próximas eleições legislativas.

Falando aos jornalistas depois de ter recebido o economista francês Thomas Piketty, encontro que durou cerca de uma hora, o secretário-geral do PS recusou-se a fazer mais comentários sobre o tema da coligação PSD/CDS.

No domingo, em Reguengos de Monsaraz, distrito de Évora, o líder socialista já tinha considerado que a coligação anunciada entre o PSD e o CDS-PP é um "casamento" para "disfarçar as conveniências" e que demonstra que o Governo "nada de novo tem para dar".

"Tivemos no sábado a melhor demonstração de que mesmo nada de novo o Governo tem para dar. Não tem novas políticas a propor e aquilo que ontem [no sábado] vieram fazer era mais do mesmo", disse, durante um almoço-debate em Reguengos de Monsaraz.

Segundo António Costa, para terem "alguma coisa de novo", o PSD e o CDS-PP escolheram o 25 de Abril para anunciar que vão concorrer coligados às próximas eleições legislativas, mas esse anúncio, acrescentou, não passou de um "não acontecimento".

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