"A chuva vai regressar, mas não será a todo o território. Parecem ser episódios temporários com ocorrência de precipitação, mas o cenário que se configura não é uma constância de precipitação nos próximos dias", adianta a especialista do instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Na opinião de Maria João Frada, esta precipitação "é melhor que nada, mas insuficiente" para fazer face à seca que o país atravessa.

"Não fará grande diferença. Toda a chuva que vier é ótima, mas não será suficiente", disse.

De acordo com Maria João Frada, hoje e terça-feira ainda se prevê céu pouco nublado ou limpo e com temperaturas máximas elevadas para esta época do ano.

"Continuamos a ter [temperaturas] máximas a variar entre os 18 e os 23 graus. Tem sido uma constância e vai continuar assim. As temperaturas são de tal forma acima da média para época que em algumas estações do IPMA contribuiu para uma onda de calor. As temperaturas estão acima da média mais de cinco graus", adiantou.

Segundo a meteorologista do IPMA, na quarta, quinta e sexta-feira esperam-se temperaturas máximas a variar entre 18 e 23 graus, sendo entre os 16 e 18 nas serras de Portugal, e as mínimas mais baixas serão de -2 a 04 graus nas regiões do interior norte e centro.

"A chuva é bem-vinda, mas não é aquilo que queremos e precisamos. A sul do sistema Montejunto-Estrela não se prevê precipitação no dia 22 [quarta-feira]. E a precipitação que vai cair é fraca, sendo moderada no Minho. Vamos ter também um aumento da intensidade do vento", disse.

Na quinta-feira, explicou Maria João Frada, está prevista alguma precipitação e na sexta-feira poderá ser mais intensa e na generalidade do território, mas serão mais fortes sempre no litoral a norte do Cabo Carvoeiro.

"A região sul vai ter nenhuma ou pouca precipitação. Ainda falta algum tempo. Vamos ver se o cenário se mantém", concluiu.

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