"A Caixa Geral de Depósitos, S.A. informa ter sido autorizada pelo Banco Central Europeu e pelo Banco de Portugal a prosseguir com as operações societárias que integram a primeira fase do processo de recapitalização", lê-se no comunicado hoje enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A CGD está numa fase de mudança de gestão, tendo sido colocadas dúvidas sobre a continuidade do aumento de capital já acordado com as instituições europeias e que ascenderá a cerca de 5.000 milhões de euros.

A 27 de novembro, após cinco semanas de polémica, sobretudo em torno da recusa da entrega das declarações de rendimento e património no Tribunal Constitucional, António Domingues apresentou a sua renúncia da presidência da CGD, mas ficando no cargo até final do ano.

Poucos dias depois, o Governo anunciou que será Paulo Macedo, antigo ministro da Saúde do governo PSD/CDS de Pedro Passos Coelho, que sucederá a António Domingues na liderança da Caixa.

A informação enviada ao mercado confirma ainda que a injeção de dinheiro pelo Estado no banco até 2.700 milhões de euros e que a emissão de dívida junto de investidores privados, no valor de 500 milhões de euros, ocorrerá já após o "encerramento das contas da Caixa Geral de Depósitos relativas a 31 de dezembro de 2016", ou seja, esta fase do aumento de capital apenas acontecerá em 2017.

IM// ATR

Lusa/fim