"Sobre as cheias do Rio Mondego podemos realçar que se começa a verificar uma estabilização dos caudais, diminuíram significativamente", disse à agência Lusa Manuel Oliveira, do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Coimbra.

Esta estabilização sentiu-se particularmente a partir das 03:00, prevendo-se "um ligeiro abrandamento nas próximas hora da quota dos caudais". No entanto, Manuel Oliveira lembra que "muitos campos agrícolas" no baixo Mondego foram afetados e algumas casas inundadas em Montemor-o-Velho.

Segundo o CDOS de Coimbra, na noite de sábado foram abertos os diques fusíveis da bacia do Mondego, uma possibilidade que tinha sido avançada pelo presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado.

"Os diques fusíveis já estão a funcionar. São três diques que a margem direita do rio Mondego tem que, com determinadas quotas [de água], abrem para inundar os campos agrícolas. Foram construídos para isso, para tirar caudal ao leito principal", explicou Manuel Oliveira.

Apesar da melhoria da situação, com 14 ocorrências entre as 00:00 e as 03:00, o CDOS não tem ainda previsão de quanto os diques vão fechar, já que a diminuição dos caudais "é um processo muito lento".

No Porto, o cenário é também de estabilização, de acordo com o CDOS do distrito: "Tem-se dado um desagravamento, os caudais do rio estão a baixar, a tendência é desagravar a situação".

A Proteção Civil do Porto não registou nenhuma ocorrência entre as 00:00 e as 03:00 de hoje, mas mantém cortada a autoestrada A41 e algumas vias municipais.

Em Aveiro, outro dos distritos mais atingidos pelo mau tempo, o CDOS informou que a situação esta madrugada se mantém inalterada, mantendo-se o corte da EN 109 e da A25, bem como da linha Norte da CP.

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