"Será mais fácil para o banco [Caixabank] obter o retorno do investimento", disse o gestor espanhol que sucedeu a Fernando Ulrich na presidência executiva do BPI, durante a conferência de divulgação das contas dos primeiros nove meses, em Lisboa.

O espanhol Caixabank controla 84,5% do capital do BPI desde fevereiro (investiu 644,5 milhões de euros para quase duplicar a sua posição que era de 45,5%) e, após serem conhecidos os resultados da oferta pública de aquisição (OPA) que lançou sobre o banco português, anunciou um objetivo de sinergias anuais entre as duas entidades de 120 milhões de euros a partir de 2019.

"Há 103 milhões de euros de sinergias de custos e proveitos provenientes de iniciativas já executadas ou em execução", avançou hoje Pablo Forero, considerando que tal indica que a meta de 120 milhões de euros de sinergias anuais a partir de 2019 vai ser cumprida.

O mesmo responsável realçou que têm "três anos para chegar aos 120 milhões de euros" e que, portanto, "este plano está a correr bem".

Além disso, Forero destacou que "os custos de reestruturação deverão ser significativamente inferiores aos 250 milhões de euros inicialmente anunciados", o que vai acelerar o retorno do investimento do Caixabank no BPI.

Questionado sobre as novas estimativas, o gestor espanhol não quis especificar, reforçando apenas que "vão ser menores que os 250 milhões de euros", mas que há variáveis ainda em aberto com influência sobre o valor em causa.

"Temos que esperar, mas vai ser significativamente abaixo de 250 milhões de euros", reforçou.

DN/IM // ARA

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