Bragança Fernandes, que se apresentou como candidato único a estas eleições, recebeu mais de 98% dos votos, refere um comunicado do secretariado da distrital do PSD/Porto.

Em declarações à Lusa, António Bragança Fernandes afirmou que o facto de não ter aparecido nenhuma outra lista nesta eleição demonstrou "um sinal de unidade" no PSD/Porto.

"Percorri todas as concelhias e o sinal foi-me dado", disse, acrescentando que teve como objetivo criar uma lista "inclusiva", com sociais-democratas de Felgueiras e Paços de Ferreira, por exemplo.

"Só um partido unido consegue ganhar o grande desafio que tem pela frente, que é conseguir vencer mais autarquias nas próximas eleições" locais, em 2017, vincou.

Sobre a votação, o novo líder social-democrata para o distrito do Porto referiu, em comunicado, que se tratou de "uma percentagem significativa, isto quando estamos na presença de uma lista única para todos os órgãos distritais".

Bragança Fernandes, que substitui no cargo o deputado Virgílio Macedo, adiantou que pretende criar um "gabinete de formação autárquica".

"A ideia mais importante agora é concentrarmo-nos todos para ganhar mais autarquias e escolher o melhor candidato para cada uma das câmaras municipais que não são lideradas pelo PSD", disse.

O social-democrata, que cumpre o seu terceiro e último mandato como presidente da Câmara da Maia, apontou a sua experiência como sendo "uma mais-valia para ajudar candidatos novos a ganhar terreno e a fazer política".

Os órgãos distritais do Porto do PSD decidiram no dia 20 de junho demitir-se e convocarem eleições para hoje, por considerarem ser do interesse do partido ter em setembro "uma Comissão Política Distrital com mandato que garanta a cobertura integral do calendário autárquico de 2017".

Na ocasião, o PSD/Porto recordou que o cronograma definido pela Comissão Nacional para as eleições autárquicas de 2017 prevê a aprovação de candidaturas por parte da Comissão Política nacional a partir do início do quarto trimestre do ano.

Bragança Fernandes agradeceu a todos os que hoje deixaram de fazer parte dos órgãos sociais do PSD/Porto, bem como a todos os que integraram a sua lista.

O autarca da Maia afirmou ainda que pretende "descentralizar as reuniões da distrital, levando assim o partido às concelhias", bem como dar atenção a "dossiers relevantes para os concelhos do distrito que estejam parados em diferentes ministérios", como a extensão do Metro do Porto até à Trofa ou a adjudicação do IC35, em Penafiel.

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