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O BE considera que o ex-dirigente do CDS Lobo Xavier não deveria presidir à Comissão da Revisão do IRC, que tomou hoje posse, por conflito de interesses, já que pertence aos conselhos de administração de grandes empresas.
A deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago afirmou hoje no Parlamento, aos jornalistas, que o partido viu com "grande incredulidade" a nomeação de Lobo Xavier para presidente da comissão que estudará uma eventual reforma do IRC, o imposto que pagam as empresas.
A "estranheza" do BE, acrescentou Ana Drago, deve-se ao facto de Lobo Xavier pertencer aos conselhos de administração do BPI, da Mota Engil e da Sonaecom, "ou seja, grandes grupos empresariais" que "contribuem bastante" para o IRC e que "nos últimos anos", receberam "apoios e dinheiros públicos", como é o caso do BPI, ou ficaram conhecidos "pela mobilidade para a Holanda por questões fiscais".