"Não sei de onde veio o assassino. Não o vi. Tudo aconteceu quando estava de costas", disse Anna Duritskaya, modelo ucraniana de 23 anos.

Duritskaya, disse à estação de televisão Dozhd que Nemtsov foi atingido nas costas por vários disparos na altura em que cruzavam a pé uma ponte frente à catedral de S. Basílio, em Moscovo.

A testemunha diz que recorda apenas a passagem de um "automóvel de cor clara".

"Não vi nem a marca nem a matrícula do automóvel que se pôs em fuga. Não vi o assassino a entrar no carro", explicou.

A jovem ucraniana que foi entretanto impedida de sair do país, pelas autoridades russas, disse também que não se apercebeu se estavam ou não a ser seguidos.

A modelo negou que Nemtsov tivesse recebido ameaças por motivos políticos, apesar de o advogado já ter afirmado que o opositor já tinha recebido várias ameaças de morte.

As autoridades russas que ofereceram uma recompensa de três milhões de rublos (cerca de 50 mil euros) por "informação válida" já fizeram saber que estudam várias hipóteses sobre os motivos do assassinato.

De acordo com a imprensa de Moscovo, os investigadores não excluem que o assassinato do líder da oposição tenha tido como principal intenção provocar instabilidade na Rússia.

Nemtsov era um dos maiores críticos da ingerência da Rússia nos assuntos internos da Ucrânia e já tinha denunciado a presença de milhares de soldados russos que se encontram a combater nas fileiras dos separatistas do leste da Ucrânia.

PSP // JMR

Lusa/fim