Carlotta Sami, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) disse ao canal Skytg24 que apenas foram salvas 28 pessoas.

Segundo a mesma responsável, os náufragos afirmam que se encontravam pelo menos setecentas pessoas a bordo da embarcação que naufragou a 60 milhas da costa da Líbia.

Entretanto, Joseph Muscat, primeiro-ministro de Malta disse que receia que o número de mortos pode ser elevado e que as equipas de socorro continuam à procura de sobreviventes entre os mortos que flutuam no mar.

"Eles estão a tentar encontrar sobreviventes entres os mortos que flutuam na água. Esta pode ser, provavelmente, a maior tragédia no Mediterrâneo", disse Muscat.

"Morreram crianças, homens e mulheres", acrescentou.

Um navio patrulha de Malta faz parte das 14 embarcações de socorro que se encontram no local.

A guarda costeira italiana anunciou que 28 pessoas foram encontradas com vida até ao momento entre os destroços da traineira que tentava fazer a travessia do Mediterrâneo entre a Líbia e Itália.

De acordo com as autoridades italianas foram retirados das águas 24 cadáveres.

Para o primeiro-ministro de Malta esta tragédia vem provar que os governos de Roma e de La Valeta precisam de maior apoio dos países da União Europeia para fazerem face à crise da imigração.

"Apesar de sinais encorajantes por parte dos políticos europeus, há medidas que têm de ser tomadas", afirmou.

"Há uma tragédia em curso no Mediterrâneo. Um dia a Europa vai ser julgada por nada fazer", disse ainda Joseph Muscat

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Lusa/fim