Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,54%, para os 25.462,58 pontos.

Já o tecnológico Nasdaq apreciou-se 0,12%, para as 7.812,01 unidades, e o alargado S&P500 valorizou 0,46%, para as 2.840,35.

No conjunto da semana, os três índices apresentam ganhos, desde uns escassos 0,05%, no caso do Dow Jones, aos 0,96% do Nasdaq, passando pelos 0,76% do S&P500.

O relatório mensal oficial sobre o emprego nos EUA, um documento que é sempre muito aguardado pelos investidores, evidenciou que a taxa de desemprego no país desceu ligeiramente em julho, para 3,9%, e que o número de empregos criados (157 mil) ficou abaixo do esperado.

Por outro lado, "o relatório mostrou a falta de pressões inflacionistas sobre os salários, o que considerado positivo pelos investidores", comentou Alan Skrainka, da Cornerstone Wealth Management.

O salário horário médio, particularmente vigiado, uma vez que a Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, pretende jugular qualquer aceleração da inflação, progrediu apenas 0,26%, para os 27,05 dólares.

Esta variação representa uma subida anual das remunerações de 2,7%, abaixo da taxa de inflação medida pelo índice de preços no consumidor, que em junho foi de 2,9%.

Não obstante, esta evolução não põe em causa, na opinião de numerosos analistas, a antecipação de duas novas subidas das taxas de juro de referência da Fed até ao final do ano, além das duas subidas já feitas.

Ao contrário, os investidores não pareceram ficar impressionados pela última escalada no conflito comercial entre os EUA e a China.

Depois das novas ameaças formuladas por Donald Trump na quarta-feira, a China respondeu, declarando-se pronta a impor mais taxas alfandegárias a importações provenientes dos EUA, estimadas em 60 mil milhões de dólares.

"É um pouco surpreendente ver os investidores a não reagirem de forma mais brutal às novas tensões comerciais. Penso que se estão a habituar", comentou Maris Ogg, da Tower Bridge Advisors.

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