"Dado que chegaram as chuvas, que todos os planos de poupança funcionaram, que o povo colaborou estoicamente, (...) anuncio que, a partir de segunda-feira, fica sem efeito o plano (...) e que o serviço elétrico no país operará 24 horas, de maneira normal", disse, durante uma intervenção na televisão estatal.

Nicolás Maduro, que salientou que o país esteve "a seis dias de um colapso" em que seria necessário "apagar quase todo o país", aproveitou para instar a uma maior consciencialização para a questão do consumo de eletricidade.

O Presidente venezuelano decretou dias feriados o período entre 19 e 27 de março, coincidindo com a época da Páscoa, para poupar energia e água, contribuindo para reduzir a descida do nível de água da Central Hidroelétrica de El Guri, a principal do país, afetada pela seca desencadeada pelo fenómeno climático El Niño.

A 06 de abril, anunciou a redução do horário de atendimento da administração pública, que passou a funcionar apenas até às 13:00, e decretou as sextas-feiras como dias não laboráveis.

Essa medida foi depois ampliada passando a administração a funcionar apenas às segundas e terças-feiras em horário da manhã.

Por outro lado, foi criado um plano de racionamento a nível empresarial que implicou uma redução dos horários dos centros comerciais, obrigando-os a criarem fontes próprias de abastecimento de energia.

No final de abril, as autoridades venezuelanas anunciaram um novo plano de racionamento de energia elétrica, que além de suspensão do serviço a nível empresarial, passava também pelo corte de fornecimento doméstico, durante quatro horas diárias, ao longo de 40 dias.

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