A reação do maior partido da oposição à libertação, quarta-feira, em Luanda, de 16 dos 17 jovens ativistas angolanos, conhecido como processo dos 15+2, condenados a penas entre os 02 anos e 03 meses e 08 anos e meio de prisão por atos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores, foi emitida em comunicado distribuído à imprensa.

A UNITA agradeceu igualmente ao povo angolano e à comunidade internacional, que por variadas formas "dispensou atenção a este julgamento político".

"A luta pela liberdade no nosso país está cheia de julgamentos políticos como foram os tristemente célebres Processo dos 50 e processo 36. É pois, de lamentar, que em pleno século XXI e na vigência de uma Constituição democrática, o povo angolano tenha ainda de assistir a mais julgamentos políticos como foram os casos de (José) Marcos Mavungo [ativista condenado e libertado este ano em Cabinda], o processo dos 15+2 e outros julgamentos menos conhecidos", lê-se no comunicado.

A UNITA manifestou ainda o desejo de que "no prazo de tempo mais curto possível, a liberdade dos 15+2 seja total" e que a sua libertação represente "o fim dos julgamentos políticos" em Angola.

"Temos de caminhar para a consolidação de um verdadeiro regime democrático e isso não é compatível com a existência de presos políticos", é referido na nota.

Do grupo de 17 ativistas angolanos, 16 foram postos em liberdade condicional na sequência do provimento do Tribunal Supremo ao 'habeas corpus', apresentado pela defesa após a condenação a 28 de março.

Um dos ativistas, Manuel Chivonde "Nito Alves" vai manter-se na cadeia até 08 de agosto, no âmbito de um outro processo sumário, no qual foi condenado a 08 de fevereiro a seis meses de prisão efetiva, por injúrias proferidas durante o julgamento, no tribunal de Luanda.

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