A informação foi confirmada hoje à Lusa por fonte do partido, dando conta que Isaías Samakuva e Raul Danda, respetivamente presidente e vice-presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), integram a lista nacional no primeiro e segundo lugares.

Desta forma, Samakuva concorre para o cargo de Presidente angolano e Raul Danda, promovido em 2016 a número dois do partido, é candidato ao cargo de vice-Presidente.

No número três da lista, precisou a mesma fonte e tendo em conta os estatutos e hierarquia do partido, deverá surgir Victorino Nhany, secretário-geral da UNITA.

As listas candidatas do maior partido da oposição às próximas eleições gerais em Angola deverão ser aprovadas em março, em reunião do comité permanente da comissão política.

Até ao momento, apenas o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde 1975, aprovou e apresentou as respetivas listas candidatas às eleições, com o general e ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, a encabeçar a candidatura, tendo como número dois o ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa.

De fora das listas está José Eduardo dos Santos, reeleito presidente do MPLA em 2016 e que completa em agosto 75 anos, 38 dos quais no poder.

A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votados é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do Executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições de 2012.

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