Em comunicado, a UE afirma que a decisão de estar presente em Ulan Bator é um marco nas relações entre a Europa e a Mongólia, que ajudará a reforçar o diálogo político e a cooperação entre os dois lados.

A mesma nota cita a alta representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Federica Mogherini, que refere o "papel importante" da Mongólia "numa região complexa, com uma posição geoestratégica única".

Após uma revolução democrática, em 1990, que retirou o país da órbita soviética, a Mongólia tem procurado durante décadas expandir o comércio e relações diplomáticas com "vizinhos terceiros", além da Rússia e China, duas potências que historicamente exercem grande influência política e económica sobre o país.

Com três milhões de habitantes, a Mongólia possui grande riqueza mineral, mas nos últimos anos tem tido dificuldades em atrair investimento estrangeiro, devido à queda do preço das matérias primas e disputas entre o Governo e grandes investidores do setor mineiro, como a gigante australiana Rio Tinto.

O país obteve recentemente um resgate de 5,5 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros) do Fundo Monetário Internacional.

No início deste mês, a Mongólia elegeu como Presidente um magnata e antigo campeão de judo. Na segunda volta, Khaltmaa Battulga, do Partido Democrata, bateu Miyegombo Enkhbold, do Partido Popular da Mongólia.

Após a vitória, Battulga disse que vai promover os laços com a China e a Rússia, mas também procurar reforçar as ligações com "vizinhos terceiros".

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