"O pior cenário que poderá acontecer nesta região a curto prazo será um novo afluxo de 600.000 refugiados na fronteira com a Turquia", disse Numan Kurtulmus à imprensa.

Iniciada há uma semana, a ofensiva do exército leal ao Presidente sírio, Bashar al-Assad, com o apoio de ataques aéreos russos contra os rebeldes nos arredores de Aleppo já forçou dezenas de milhares de civis a fugir.

"Como resultado daquela situação cerca de 200.000 pessoas foram forçadas a abandonar a fugir, 65.000 das quais em direção à Turquia e 135.000 para o interior da Síria", acrescentou Numan Kurtulmus.

Cerca de 30.000 refugiados, a maioria dos quais mulheres e crianças, permanecem no posto da fronteira turca de Oncupinar, que o Governo turco mantém encerrado, ao frio e em condições extremamente precárias.

"O nosso objetivo é manter essa onda de migrantes para além da fronteira da Turquia, proporcionando-lhes os serviços necessários", disse também o vice-primeiro-ministro.

As autoridades turcas têm reiterado a sua política de "porta aberta" continua inalterada e que estavam prontos, se necessários, para acolher a nova onda de refugiados.

A Turquia, que já recebeu 2,7 milhões de sírios, advertiu, contudo, que não vai aguentar sozinho o "fardo" da hospedagem dos refugiados.

MSE //ARA

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