"Os democratas foram incapazes de demonstrar conluio com a Rússia, pelo que agora estão a concentrar-se nas falsas acusações e em histórias inventadas por mulheres que não sei quem são e/ou não conheço. FAKE NEWS!", escreveu Trump hoje na rede social Twitter.

A resposta de Trump, no seu habitual primeiro 'tweet' da manhã, surgiu um dia depois de três mulheres que anteriormente tinham acusado o Presidente de assédio sexual terem contado as suas histórias no programa "Megyn Kelly Today", da NBC.

As mulheres - Jessica Leeds, Samantha Holvey e Rachel Crooks - apelaram ao Congresso norte-americano para que investigue o comportamento de Trump.

A porta-voz da Casa Branca Sarah Huckabee Sanders já tinha negado as acusações na segunda-feira, prometendo fornecer uma lista de testemunhas oculares cujas declarações absolviam o Presidente dos comportamentos inapropriados. Até ao final do dia, a porta-voz não forneceu qualquer lista à imprensa dos EUA.

Durante a campanha presidencial de 2016, Trump foi acusado por outras 13 mulheres, bem como pelas três que falaram na segunda-feira.

Desde que as acusações se tornaram públicas, acabaram por ser reforçadas com a divulgação de um vídeo (que remonta a 2005) no qual Trump se gabava de tirar partido das mulheres (agarrá-las pelos genitais) devido ao facto de ser uma figura famosa. Trump negou essa acusação e até disse que não era ele no vídeo acusador (no qual apenas se ouvia a sua voz).

O Presidente interpretou o facto de ter ganhado as eleições como uma confirmação de que não fez nada de incorreto.

Recentemente, Trump deu o seu apoio formal a um candidato republicano ao Senado pelo Estado do Alabama, Roy Moore, que foi acusado por oito mulheres de abuso sexual durante a década de 1970, quando algumas delas eram menores. Esse apoio fez ressurgir as acusações de assédio contra Trump.

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