De acordo com o Ministério Público boliviano, os três mineiros são acusados dos crimes de assassinato, roubo agravado, posse de explosivos, organização criminal e atentado contra elementos de organismos de segurança do Estado.
Embora todos estejam acusados pelos mesmos crimes, a Carlos Mamani, líder da Fencomin, é imputada a autoria da morte do político, enquanto os outros dois mineiros são apresentados como cúmplices.
Rodolfo Illanes, 56 anos, vice-ministro da Bolívia, foi espancado até à morte por mineiros que o tinham sequestrado em protesto na localidade de Panduro, a 180 quilómetros da capital, La Paz.
Os mineiros bolivianos estavam em protesto, que degenerou em violência com o bloqueio de estradas, exigindo mais concessões de minas, o direito a trabalhar para empresas privadas e maior representação sindical.
Na altura, o vice-ministro terá pedido para ir a Panduro para abrir uma janela de diálogo com os manifestantes, acabando sequestrado pelos mineiros.
O presidente boliviano, Evo Morales, considerou o assassínio "imperdoável" e decretou três dias de luto nacional.
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