O silêncio em torno do conteúdo do documento base, que inclui as garantias de implementação, para colocar fim à crise político-militar iniciada há mais de um ano, vai, segundo Daviz Simango, "criar zonas de penumbra" entre os moçambicanos, sobretudo os que nasceram após o Acordo de Paz, em 1992, alertando para o risco de "discriminação".

O Governo moçambicano e a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), principal partido da oposição, alcançaram ao fim de mais de mais 60 rondas de diálogo em Maputo um consenso em torno do documento base sobre a composição das forças de defesa e segurança e desarmamento do partido de oposição, faltando o acordo sobre as garantias de implementação das medidas.