As autoridades da Coreia do Sul não conseguiram porém confirmar se o satélite está a funcionar corretamente.

A Coreia do Norte anunciou no domingo que lançou um 'rocket' com um satélite de observação terrestre, que entrou em órbitra com sucesso, numa ação que a comunidade internacional considera ter sido um teste encoberto de mísseis balísticos de longo alcance.

Peritos da Coreia do Sul estimam, depois deste lançamento, que Pyongyang possui mísseis capazes de percorrer 12 mil quilómetros, uma distância maior à que separa a península da coreia do território continental dos Estados Unidos da América.

No entanto, as informações recolhidas por Seul indicam que a Coreia do Norte ainda não conseguiu obter a denominada tecnologia de reentrada, necessária para um míssil voltar à atmosfera.

Na segunda-feira, um porta-voz do Pentágono disse que os Estados Unidos vão colocar o "mais depressa possível" um sistema antimíssil na Coreia do Sul..

"Gostaríamos de ver a sua implantação o mais rápido possível", disse o porta-voz, Peter Cook, em conferência de imprensa.

A China opõe-se à colocação do sistema antimíssil, que considera uma ameaça à sua própria dissuasão nuclear.

O poderoso radar pode ser usado para monitorar os seus próprios disparos de mísseis, considerou a China.

Mas para os Estados Unidos, o sistema antimíssil é um sistema "defensivo", orientado "contra a ameaça norte-coreana" e não para a vigilância da China, explicou Peter Cook.

"Para nós, o radar não deve criar nenhuma inquietude à China", acrescentou.

Os Estados Unidos e a Coreia do Sul vão começar "nos próximos dias" as discussões para a colocação da futura bateria antimíssil, precisou Peter Cook, confirmando uma informação que as autoridades da Coreia do Sul já haviam avançado no domingo.

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